O belíssimo Vale do Côa próximo a Algodres.
Águia-real (Aquila chrysaetos) sobrevoando o Côa.
Vale do Côa próximo a Cidadelhe.
O Vale do Côa constitui um dos locais mais singulares de Portugal: ao reconhecimento nacional e internacional relacionado com a herança de arte rupestre ao ar livre (Parque Arqueológico do Vale do Côa, 1996; Património da Humanidade pela UNESCO, 1998) junta-se uma riqueza natural assombrosa embora poucas vezes enaltecida.
O Vale do Côa é, muito justamente, uma Zona de Protecção Especial para as Aves (Instituto da Conservação da Natureza, 1999) constituindo um importante refúgio para mais de uma centena de espécies. Merece especial destaque, pela raridade à escala europeia, o grupo de aves rupícolas como a Águia-real (Aquila chrysaetos), a Águia-perdigueira (Aquila fasciata) ou o Abutre-do-Egipto (Neophron percnopterus).
Nas margens do rio, livre de barragens, desenvolve-se uma das principais colónias portuguesas de uma planta rara, o Tamujo (Securinega tinctoria) enquanto mais acima, nas encostas, predominam os azinhais (Quercus rotundifolia) e sobreirais (Quercus suber).
Aldeias fortificadas, arte rupestre, espécies raras de fauna e flora numa paisagem preservada como há poucas na Europa: eis o Vale do Côa aqui tão perto...