10 outubro 2005

Os segredos de uma floresta dos Arcos de Valdevez – 2ª parte


Entre Novembro de 2004 e Fevereiro de 2005, foram percorridos os principais trilhos de uma mata pertencente ao concelho dos Arcos de Valdevez, perfazendo um total de mais de 80 km, e colocaram-se câmaras fotográficas activadas por sensor de movimento. O objectivo era o de recolher o máximo de informação possível sobre os animais que frequentam a floresta, a sua distribuição e hábitos.
Nos trilhos mais importantes encontraram-se dejectos de Lobo (Canis lupus), Raposa (Vulpes vulpes), Corço (Capreolus capreolus), Javali (Sus scrofa) e Gineta (Genetta genetta). O único mamífero directamente observado foi o Esquilo (Sciurus vulgaris), do qual se podem encontrar indícios de presença por toda a floresta.
Foram avistados ou escutados várias espécies de aves como a Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), Gavião (Accipiter nisus), Gaio-comum (Garrulus glandarius), Pica-pau-malhado-grande (Dendrocopus major), Pica-pau verde (Picus viridis), Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula), Chapim-azul (Parus caeruleus), Chapim-real (Parus major), Chapim-rabilongo (Aegithalos caudaus), Chapim-de-poupa (Parus Cristatus), Tentilhão (Fringilla coelebs), Verdilhão (Carduelis chloris).
As câmaras fotográficas activadas por sensor de movimento foram colocadas entre 7 de Novembro de 2004 e 26 de Fevereiro de 2005. O número de câmaras em campo variou entre 2 e 4. Estiveram activas por um total de 232 dias, cobrindo diferentes biótopos florestais, a diferentes altitudes. Durante este período de tempo as condições meteorológicas caracterizaram-se por tempo frio e seco com temperaturas médias próximas dos 5º C.

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