25 abril 2012

Predação diurna

Imagem de predação obtida numa área remota do Norte de Portugal.

A observação in loco de imagens de predação na Natureza, principalmente envolvendo mamíferos, é difícil de testemunhar. Após milénios de perseguição por parte do Homem predadores e presas desenvolveram picos de actividade que evitam a sua presença. Assim admite-se que, com a excepção de lances envolvendo aves de rapina diurnas, a maioria destas acções ocorram ao abrigo da noite. Mas há excepções...

Conforme se pode constatar na imagem em anexo esta Raposa (Vulpes vulpes) transporta um Coelho (Oryctolagus cuniculus) recém-capturado entre as suas presas. O local é tranquilo sob a perspectiva do Homem e da Raposa. Já não será tão tranquilo sob a perspectiva do Coelho!

07 abril 2012

As Fragas do Alvão

Na fotografia pode observar-se uma das muitas escarpas da Serra do Alvão.

A Serra do Alvão constitui uma das principais barreiras à entrada de frentes atlânticas frias e repletas de humidade para o interior Norte. É precisamente esta abundância frequente de vento e água ao longo de milênios que levou à formação de impressionantes fragas nas duras rochas graníticas ou nos ocasionais afloramentos xistosos do maciço.

Caminhando pelo Alvão é impossível não se ficar impressionado pela abundância de escarpas inacessíveis que surgem em locais inesperados. Constituem redutos de biodiversidade, ainda hoje locais de cria de aves tão emblemáticas como o Falcão-peregrino (Falcões peregrinus), a Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax), o Melro-das-rochas (Monticola saxatilis) ou o Melro-azul (Monticola solitarius).

Muito para além do Parque Natural do Alvão os fraguedos das montanhas Alvão/Marão constituem um marco natural incontornável dos Distritos do Porto e Vila Real.