O Rio Sabor nasce aos 1600 metros de altitude na Serra da Parada (Espanha), percorre cerca de 120 quilómetros e desagua aos 97 metros de altitude na margem direita do Rio Douro. Ao longo deste percurso discorre livre de barragens por alguns dos mais belos locais da província de Trás-os-Montes, encerrando uma riqueza natural tão distinta que a sua preservação se revela fundamental para a preservação da biodiversidade europeia.
O Vale do Sabor apresenta 17 tipos diferentes de habitats naturais, dos quais 4 com estatuto de conservação prioritária, segundo a directiva europeia Habitats. Aqui concentram-se os mais extensos e bem conservados sobreirais e azinhais transmontanos bem como várias espécies de plantas raras, como por exemplo a única população nacional de Arabis alpina ou mais de dois terços dos efectivos de Buxo (Buxus sempervirens).
Águia-real (Aquila chrysaetos), Águia-de-Bonnelli (Hieraaetus fasciatus), Cegonha-negra (Ciconia nigra), Abutre-do-egipto (Neophron percnopterus), Falcão-peregrino (Falco peregrinus), Bufo-real (Bubo bubo) são algumas das mais raras aves europeias que encontram no Sabor um dos seus principais refúgios. Os números dizem tudo: 14 a 16 casais de águia-real, 6 a 10 de águia de Bonelli, 1 a 5 de cegonha-negra, 8 a 11 de abutre-do-egipto, 6 a 10 de falcão-peregrino, 11 a 20 de bufo-real (fonte: Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves). Dificilmente haverá outro local com tal densidade de aves rupícolas...
Orientado no sentido Norte-Sul, verdadeiro eixo de Trás-os-Montes, o Sabor é um autêntico corredor ecológico, onde estão representadas algumas das mais ameaçadas espécies de vertebrados nacionais. O seu estatuto de protecção actual (Zona de Protecção Especial para as Aves e Rede Natura 2000) só peca por escasso. A conservação dos valores ambientais deste vale deveria ser um desígnio nacional.
O Vale do Sabor apresenta 17 tipos diferentes de habitats naturais, dos quais 4 com estatuto de conservação prioritária, segundo a directiva europeia Habitats. Aqui concentram-se os mais extensos e bem conservados sobreirais e azinhais transmontanos bem como várias espécies de plantas raras, como por exemplo a única população nacional de Arabis alpina ou mais de dois terços dos efectivos de Buxo (Buxus sempervirens).
Águia-real (Aquila chrysaetos), Águia-de-Bonnelli (Hieraaetus fasciatus), Cegonha-negra (Ciconia nigra), Abutre-do-egipto (Neophron percnopterus), Falcão-peregrino (Falco peregrinus), Bufo-real (Bubo bubo) são algumas das mais raras aves europeias que encontram no Sabor um dos seus principais refúgios. Os números dizem tudo: 14 a 16 casais de águia-real, 6 a 10 de águia de Bonelli, 1 a 5 de cegonha-negra, 8 a 11 de abutre-do-egipto, 6 a 10 de falcão-peregrino, 11 a 20 de bufo-real (fonte: Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves). Dificilmente haverá outro local com tal densidade de aves rupícolas...
Orientado no sentido Norte-Sul, verdadeiro eixo de Trás-os-Montes, o Sabor é um autêntico corredor ecológico, onde estão representadas algumas das mais ameaçadas espécies de vertebrados nacionais. O seu estatuto de protecção actual (Zona de Protecção Especial para as Aves e Rede Natura 2000) só peca por escasso. A conservação dos valores ambientais deste vale deveria ser um desígnio nacional.
3 comentários:
Aguardando pela continuação, venho também "avisar" que tomei emprestado o último parágrafo para postar lá no meu sítio.
Olá.
Um grande texto, uma vez mais. Tenho família em Lagoaça (Freixo) e por isso estas temáticas são para mim bastante sensíveis.
Nas poucas vezes que vou a Lagoaça (sou do Porto) sinto-me verdadeiramente privilegiado por poder usufruir de toda aquela natureza bruta (a vista do Penedo Durão é assombrosa).
Obigado e continua o óptimo trabalho.
Hugo Cunha:
Lagoaça e Penedo Durão estão Virados para o DOURO, que está cehio de barragens! Nada têm a ver com a Sabor.
JML
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