Um dos melhores meios para conhecer quais os mamíferos que se movimentam numa determinada área em pleno Inverno é o snow tracking. Como o próprio nome indica trata-se de interpretar os sinais, vulgo pegadas, deixadas pelos animais na neve. Muito utilizada na América do Norte e nos países europeus mais setentrionais esta técnica, por limitações óbvias, raramente é utilizada na Península Ibérica.
Há poucas semanas, em várias saídas de campo na Cordilheira Cantábrica (Principado de Astúrias) numa paisagem recém-nevada, tive a oportunidade de desenvolver os princípios do snow tracking e a ele fiquei rendido devido à qualidade e quantidade de informação que disponibiliza. Assim pude seguir durante várias centenas de metros os passos de uma Lebre-cantábrica (Lepus castroviejoi) num prado de altitude, compreender o movimento de um grupo familiar de Javalis (Sus scrofa) que desceu da floresta em direcção aos campos de cultivo que ladeavam uma aldeia em busca de alimento ou verificar a hesitação de uma Camurça (Rupicapra rupicapra) entre a protecção garantida pelas paredes rochosas da montanha ou o abrigo do rigor climático proporcionado pelo bosque mais próximo.
Entre cumes nevados, florestas despidas e aldeias longínquas, seguindo durante horas os passos da nossa fauna e admirando a sua resistência e tenacidade, estes dias do mais rigoroso Inverno serão porventura os melhores para comungar totalmente com a Natureza...
A todos os leitores do blogue Fauna Ibérica desejo um Feliz Natal!
Há poucas semanas, em várias saídas de campo na Cordilheira Cantábrica (Principado de Astúrias) numa paisagem recém-nevada, tive a oportunidade de desenvolver os princípios do snow tracking e a ele fiquei rendido devido à qualidade e quantidade de informação que disponibiliza. Assim pude seguir durante várias centenas de metros os passos de uma Lebre-cantábrica (Lepus castroviejoi) num prado de altitude, compreender o movimento de um grupo familiar de Javalis (Sus scrofa) que desceu da floresta em direcção aos campos de cultivo que ladeavam uma aldeia em busca de alimento ou verificar a hesitação de uma Camurça (Rupicapra rupicapra) entre a protecção garantida pelas paredes rochosas da montanha ou o abrigo do rigor climático proporcionado pelo bosque mais próximo.
Entre cumes nevados, florestas despidas e aldeias longínquas, seguindo durante horas os passos da nossa fauna e admirando a sua resistência e tenacidade, estes dias do mais rigoroso Inverno serão porventura os melhores para comungar totalmente com a Natureza...
A todos os leitores do blogue Fauna Ibérica desejo um Feliz Natal!
2 comentários:
Saudações alentejanas !!!
Bom natal e um ano novo bio-positivo !!
Haja saúde !!!
Já vai tarde, mas enfim, que isto é quando um homem quiser: bom natal também!
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