A área prospectada em busca da presença de Marta (Martes martes) compreendeu a maior mancha boscosa caducifólia do Alto Minho.
Entre grandes paredes graníticas que sobem dos 600 aos 1500 metros de altitude existe uma extensa floresta formada por velhos carvalhos (Quercus robur), núcleos de faia (Fagus sylvatica), pinheiros silvestres (Pinus sylvestris) e imponentes teixos (Taxus baccata).
Este bosque desenvolve-se ao longo da bacia hidrográfica do afluente de um dos principais rios minhotos. Existem 5 vales que drenam para o curso fluvial principal e que delimitam diferentes zonas com cobertos vegetais distintos.
Em todos estes vales foram colocadas câmaras fotográficas activadas por um sensor de movimento e calor com o objectivo de determinar áreas de ocorrência de marta e relacionar a sua presença com a da Fuinha (Martes foina), seu parente próximo e também mais comum. Este tipo de câmaras foi empregue com sucesso para o estudo da população de Urso (Ursus arctos) nas montanhas cantábricas ou de Lince (Lynx lynx) na Suiça.