Alcateia de Bragança numa noite de caça e uma das suas principais presas, o Veado (Cervus elaphus).
Metodologia
O seguimento da alcateia de Bragança efectuou-se através de 3 métodos distintos: realização de percursos pré-definidos com registo de sinais indirectos de presença, armadilhagem fotográfica e estações de escuta.
A realização de percursos pré-definidos teve como objectivo a obtenção de um índice relativo de abundância da espécie. Foram considerados os sinais indirectos de presença, como a existência de dejectos e “esgaravatados” ao longo dos trilhos percorridos. Os dejectos foram classificados de acordo com o conteúdo, como contendo restos identificáveis de Cervídeo (Corço -Capreolus capreolus- ou Veado -Cervus elaphus-), Javali (Sus scrofa) ou Outros (incluindo de origem indeterminada).
A armadilhagem fotográfica foi utilizada de forma a permitir a “observação” da espécie, determinar padrões de utilização de território e períodos de actividade, para além de confirmar a sua reprodução. De igual modo procurou-se obter um índice relativo de abundância das principais presas do lobo, bem como caracterizar as restantes populações de mamíferos. De forma a perturbar o mínimo possível a espécie, as estações fotográficas foram colocadas a uma distância superior a 300 metros do local habitual de cria.
A realização de estações de escuta teve como objectivo confirmar a reprodução e avaliar o sucesso reprodutor da alcateia de Bragança.