O belíssimo Vale do Côa próximo a Algodres.
Águia-real (Aquila chrysaetos) sobrevoando o Côa.
Vale do Côa próximo a Cidadelhe.
O Vale do Côa constitui um dos locais mais singulares de Portugal: ao reconhecimento nacional e internacional relacionado com a herança de arte rupestre ao ar livre (Parque Arqueológico do Vale do Côa, 1996; Património da Humanidade pela UNESCO, 1998) junta-se uma riqueza natural assombrosa embora poucas vezes enaltecida.
O Vale do Côa é, muito justamente, uma Zona de Protecção Especial para as Aves (Instituto da Conservação da Natureza, 1999) constituindo um importante refúgio para mais de uma centena de espécies. Merece especial destaque, pela raridade à escala europeia, o grupo de aves rupícolas como a Águia-real (Aquila chrysaetos), a Águia-perdigueira (Aquila fasciata) ou o Abutre-do-Egipto (Neophron percnopterus).
Nas margens do rio, livre de barragens, desenvolve-se uma das principais colónias portuguesas de uma planta rara, o Tamujo (Securinega tinctoria) enquanto mais acima, nas encostas, predominam os azinhais (Quercus rotundifolia) e sobreirais (Quercus suber).
Aldeias fortificadas, arte rupestre, espécies raras de fauna e flora numa paisagem preservada como há poucas na Europa: eis o Vale do Côa aqui tão perto...
5 comentários:
Nunca é demais relembrar que foi criado nesta zona o primeiro Parque Natural Privado Português: http://www.atnatureza.org/apoie_atn/visite_faia.php
Devido ao seu belíssimo trabalho e ao seu nível de interesse, coloquei hoje esta página como a minha homepage. Espero que continue o seu maravilhoso trabalho!
Merece uma visita não deixem de visita a área protegida privada e apoiar....
Sou ambientalista e apaixonado por aves de rapina, principalmente por águias. Seu blog trata exatamente de um tema pelo qual sou apaixonado, a fauna ibérica. Causam-me essa paixão alguns motivos: minha admiração pela Europa, por Portugal e a singularidade da fauna da sua linda península (a flora também me fascina). Hei-de ver pessoalmente tudo isso. Parabéns pelo excelente blog.
Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velhote (87anos),sendo filho de pobres camponeses,embora goste de admirar a paisagem,pelo menos em fotografia
porque não tenho possibilidades de apreciá-la pessoalmente,direi que
todavia a maioria da população portuguesa das Aldeias rurais,gente
pobre e carente de romantismo,não sente pela fauna e flora e pelos montes e vales,o mesmo que a gente
intelectual da cidade,porque a rudeza da vida campestre lhe endureceu a alma.
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