14 setembro 2006

Vale do Águeda: o desfiladeiro mais selvagem (2)

Grifo (Gyps fulvus) em vôo tipo "soaring" sobre a
encosta direita do Vale do Águeda

Painel de azulejo em Almofala, a aldeia dos abutres e das águias

O vale do Rio Águeda é uma das regiões mais importantes da Península Ibérica no que respeita à avifauna. Neste canhão remoto nidificam o Abutre-do-egipto (Neophron percnopterus), símbolo do Parque Natural do Douro Internacional, o Grifo (Gyps fulvus), que aqui possui uma das maiores colónias de nidificação no nosso país, a Águia-real (Aquila chrysaetos), que no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo apresenta uma das maiores densidades populacionais da Europa Ocidental, e também as raras Águia-perdigueira (Hieraetus fasciatus) e Cegonha-negra (Ciconia nigra).
Desde a aldeia de Almofala parte um cómodo trilho pedestre de cerca de 3 quilómetros de extensão que termina na Igreja de Santo André, miradouro privilegiado sobre as arribas do Águeda, onde, com os indispensáveis binóculos e guia de aves e uma dose razoável de paciência, se podem observar todas as espécies acima descritas.
Fica a certeza de nesse local, independentemente dos avistamentos efectuados, desfilar perante nós o melhor de um Portugal Natural, há muito perdido em grande parte do restante território...

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