14 fevereiro 2007

"O Pinheiro-silvestre primitivo da Serra do Gerês"

"Ainda hoje está bem viva na memória a imagem do nosso primeiro avistamento de um grande pinheiro-silvestre primitivo. (...)
Neste vale profundo, muito encaixado, em que a toponímia
faz supor que a águia-real terá aqui nidificado no passado,
os imponentes pinheiros criam um ambiente com uma certa magia."
Miguel Dantas da Gama in
O Pinheiro-silvestre primitivo da Serra do Gerês.


Foi lançado recentemente um livro sobre um dos mais ricos e menos conhecidos patrimónios do Parque Nacional da Peneda-Gerês: os Pinheiros-silvestres (Pinus sylvestris) autóctones deste enclave.
Da autoria de Miguel Dantas da Gama, dirigente do FAPAS (Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens), apaixonado desde há vários anos pela principal área protegida portuguesa, chega-nos um completo ensaio sobre esta árvore que "em Portugal apenas será espontânea da Serra do Gerês". Após uma introdução ao tema em que se sublinha que a existência destes exemplares primitivos constituiu um dos valores fundamentais para a criação do único Parque Nacional português, o autor avança para o que mais valoriza a obra, ou seja, a apresentação de dados exaustivos baseados num intenso trabalho de campo.

Foi necessário calcorrear quase 150 quilómetros pelas encostas íngremes da serra mais bela do país para se obter um censo completo dos 4 núcleos de pinheiro-silvestre existentes, referenciando-se um total de 1770 árvores das quais 181 são notáveis pelo seu porte e antiguidade.
Parabéns ao Miguel Dantas da Gama por mais este trabalho em prol do Gerês, atribuindo o devido valor a uma característica única desta montanha tão especial!

5 comentários:

Anónimo disse...

Esta noticia deixou-me com muita vontade de comprar o livro, até porque gostaria de saber se, por acaso, é relatado o problema, diga-se processionária, que afecta o pinhal da zona da Pedra Bela.
Informem-me, p.f, onde posso encontrar o livro.
Obrigado

A. Carvalho Araújo
a.carvalhoaraujo@iol.pt

Anónimo disse...

Esse problema que o sr Carvalho fala tem a ver com a morte de alguns pinheiros?? Pelo que sei, em zonas de grande altitude no continente Americano, muitas coníferas têm morrido devido ao grande aumento de insectos , tendo estes como alimento a seiva das árvores...

Anónimo disse...

Ao sr. zbiry.
Á sua pergunta não sei o que lhe responder pois não sou técnico. Talvez os técnicos do Parque Nacional o possam fazer. No entanto, ao que sei, a processionária ao afectar um pinheiro rápidamente ataca os outros ao seu redor podendo destruir totalmente um pinhal.
O que realmente me preocupa é que a situação se verifica à mais de 1 ano e até agora não é visivel qualquer intervenção no sentido de acabar com o problema, o que não me causa qualquer espanto pois o mesmo se passa com o Carvalho...

Anónimo disse...

O livro pode ser encomendado na FNAC, como fiz e já o recebi por 6,30€, ou seja, mais barato que na FAPAS, onde também se pode comprar por 7€.

Bruno Faria
brunorealfaria@sapo.pt

Jorge Ramiro disse...

Eu vi uma cobra em um zoológico de Pinheiros. Havia um monte répteis.