A Quercus pronunciou-se publicamente favorável à exploração de energia eólica no Parque Natural de Montesinho.
Segundo a associação é "contraproducente uma proibição taxativa" do potencial eólico da área protegida como se encontra proposto no Plano de Ornamento elaborado pelo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade. Defende a ONG que "a construção de pequenos empreendimentos eólicos em contextos específicos, quando devidamente avaliados, pode ser compatível com os objectivos de conservação da biodiversidade", sugerindo que se "deverão definir um limiar de potência instalada e eventualmente o número de aerogeradores".
Mas em que mundo vivem estes senhores? Para o Parque Natural de Montesinho está projectada a instalação do maior parque eólico europeu o que destruirá definitivamente uma das mais belas paisagens portuguesas, arruinará os projectos turísticos locais já desenvolvidos e a consequente diminuição do fluxo de visitantes condenará à desertificação definitiva as aldeias distribuídas pelas serras de Montesinho e da Coroa. Isto para já não referir que a abertura de dezenas de quilómetros de novos acessos em áreas ecologicamente sensíveis causará um elevado impacto ambiental ou que os aerogeradores constituem uma ameaça directa para espécies protegidas como a Águia-real (Aquila chrysaetos), o Milhafre-real (Milvus milvus) ou o Tartaranhão-azulado (Circus cyaneus).
Quando a principal associação de protecção da Natureza portuguesa, com as responsabilidades que lhe advém desse facto, defende a edificação de torres eólicas no pouco mais de 20% do território nacional classificado como área protegida está a abrir um precedente gravíssimo. Como em Portugal falta o planeamento é fácil prever que a Quercus ao favorecer a instalação de parques eólicos numa das mais protegidas montanhas portuguesas está de facto a conceder carta branca e ascendente ético ao Governo e à Câmara Municipal de Bragança para levarem avante o projecto megalómano da empresa Airtricity.
Para que precisa a Natureza lusa de uma associação ambientalista que assume posições tão infelizes como esta?
Que ganhará a Quercus, e nomeadamente a sua delegação de Bragança, ao concordar com um fortíssimo lobby económico com grande representação local em desfavor do ambiente e da paisagem transmontanos?
Segundo a associação é "contraproducente uma proibição taxativa" do potencial eólico da área protegida como se encontra proposto no Plano de Ornamento elaborado pelo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade. Defende a ONG que "a construção de pequenos empreendimentos eólicos em contextos específicos, quando devidamente avaliados, pode ser compatível com os objectivos de conservação da biodiversidade", sugerindo que se "deverão definir um limiar de potência instalada e eventualmente o número de aerogeradores".
Mas em que mundo vivem estes senhores? Para o Parque Natural de Montesinho está projectada a instalação do maior parque eólico europeu o que destruirá definitivamente uma das mais belas paisagens portuguesas, arruinará os projectos turísticos locais já desenvolvidos e a consequente diminuição do fluxo de visitantes condenará à desertificação definitiva as aldeias distribuídas pelas serras de Montesinho e da Coroa. Isto para já não referir que a abertura de dezenas de quilómetros de novos acessos em áreas ecologicamente sensíveis causará um elevado impacto ambiental ou que os aerogeradores constituem uma ameaça directa para espécies protegidas como a Águia-real (Aquila chrysaetos), o Milhafre-real (Milvus milvus) ou o Tartaranhão-azulado (Circus cyaneus).
Quando a principal associação de protecção da Natureza portuguesa, com as responsabilidades que lhe advém desse facto, defende a edificação de torres eólicas no pouco mais de 20% do território nacional classificado como área protegida está a abrir um precedente gravíssimo. Como em Portugal falta o planeamento é fácil prever que a Quercus ao favorecer a instalação de parques eólicos numa das mais protegidas montanhas portuguesas está de facto a conceder carta branca e ascendente ético ao Governo e à Câmara Municipal de Bragança para levarem avante o projecto megalómano da empresa Airtricity.
Para que precisa a Natureza lusa de uma associação ambientalista que assume posições tão infelizes como esta?
Que ganhará a Quercus, e nomeadamente a sua delegação de Bragança, ao concordar com um fortíssimo lobby económico com grande representação local em desfavor do ambiente e da paisagem transmontanos?
13 comentários:
QUERCUS ganha e todas as outras entidades a favor é fácil de adivinhar.... euros, porque infelizmente neste pais tudo e todos se vendem por euros. Ninguém correr por amor á camisola, quando se fala em euros, uiiii, parecem putos atrás dos chupas.
O que ganha a Quercus? Provavelmente é uma estratégia (errada) para tentar salvar o rio Sabor. Agora vamos ter o Sabor destruído e as montanhas desfiguradas.Ou então vendeu-se completamente aos grupos de pressão das eólicas. Pobre Quercus. Mais valia desaparecer.
Francisco Abreu (Bragança)
É lamentável que a Quercus tenha seguido este caminho.
Miguel Pimenta, Fundador da Quercus
Não é só a de Bragança que se vendeu, a de Castelo Branco também.Temos que devender o Montesinho e todas as outras areas protegidas. Infelizmente a Quercus já passou à História, neste momento é um feudo de uns senhores que se dizem Ambientalistas.
Quercus ANCN, Associação Nacional dos Carrascos da Natureza
É fácil de perceber.O mercado de trabalho está complicado e as eólicas sempre vão dando alguns empregos a pseudo-ambientalistas.
Estudos de impacte ambiental, monitorização de aves, material de informática, viaturas todo-o-terreno....
E qual é a importancia da Quercus de Bragança? Meia dúzia de badamecos sem crédito nenhum.
Desde quando , uma instalação de um parque eólico num parque natural é uma alternativa verde??
Como é possível?? A conservação da Natureza está e continuará de luto...
O Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA) e a Associação de Estudantes do Instituto Superior de Agronomia convidam a participar no debate
OGM: O debate em falta - Riscos e (in)certezas da engenharia genética na agricultura
30 de Outubro, 14h00 – Sala de Actos do Instituto Superior de Agronomia | ENTRADA LIVRE
As posições dos vários actores no debate dos organismos transgénicos estão divididas. Enquanto que uma parte está seriamente convicta de que a aplicação da engenharia genética na agricultura é o caminho a seguir na agricultura global, a outra parte acredita que a utilização de OGM* é semelhante à abertura da caixa de Pandora, contendo toda uma série de riscos e ameaças para o ambiente, saúde humana e sociedade em geral. Muitas questões pairam no ar: De que riscos se tratam? O que sabemos destes? E o que não sabemos?
Apesar de estas questões serem por si só suficientemente difíceis de responder, outra série de questões apresenta-se como fulcral: Quem são exactamente os actores no debate? E, por outro lado, como decidimos como cidadãos se consideramos os riscos aceitáveis em comparação com os benefícios que se proclamam?
Há muito em jogo. De todas as formas, o debate está aberto.
MAIS INFO: http://gaia.org.pt/node/2563
O Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA) e a Associação de Estudantes do Instituto Superior de Agronomia convidam a participar no debate
OGM: O debate em falta - Riscos e (in)certezas da engenharia genética na agricultura
30 de Outubro, 14h00 – Sala de Actos do Instituto Superior de Agronomia | ENTRADA LIVRE
As posições dos vários actores no debate dos organismos transgénicos estão divididas. Enquanto que uma parte está seriamente convicta de que a aplicação da engenharia genética na agricultura é o caminho a seguir na agricultura global, a outra parte acredita que a utilização de OGM* é semelhante à abertura da caixa de Pandora, contendo toda uma série de riscos e ameaças para o ambiente, saúde humana e sociedade em geral. Muitas questões pairam no ar: De que riscos se tratam? O que sabemos destes? E o que não sabemos?
Apesar de estas questões serem por si só suficientemente difíceis de responder, outra série de questões apresenta-se como fulcral: Quem são exactamente os actores no debate? E, por outro lado, como decidimos como cidadãos se consideramos os riscos aceitáveis em comparação com os benefícios que se proclamam?
Há muito em jogo. De todas as formas, o debate está aberto.
MAIS INFO: http://gaia.org.pt/node/2563
Efectivamente com posições dessas, Portugal não precisa deles.
É de lamentar que tenham tomado essa posição.
Que interesses os moverão?
Não deve ser a protecção do património ambiental.
Que credibilidade terão a partir de agora?
É o ecologismo da treta realmente no seu melhor!
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